As obras que ele anuncia estavam previstas há dez anos
Diante da maior crise no abastecimento de água em São Paulo, o governo do estado anunciou que vai tratar o esgoto para consumo. A medida é para tentar evitar a dependência da chuva. A medida causa estranheza mas que já é usada em outras cidades grandes do mundo, inclusive uma cidade do interior de São Paulo, Campinas. E outras medidas com a mesma finalidade já estão em andamento na cidade.
Ao todo, 29 caixas da água de aço gigantes devem diminuir o problema do desperdício e da falta de água, principalmente nos bairros mais altos, onde a água chega com dificuldade. Cada reservatório tem capacidade para armazenar 15 milhões de litros, e os primeiros já estão prontos.
Outra solução para a maior crise hídrica do estado de São Paulo vem do Rio Pinheiros. Não do rio em si, que está morto, mas do que tem debaixo das margens dele. O Pinheiros recebe diretamente em suas águas o esgoto doméstico e resíduos industriais de uma população gigantesca. E, na pequena faixa de terra entre o rio e os carros, tem também emissários que coletam o esgoto de prédios, casas, escritórios e shoppings da superpopulosa Zona Sul. A companhia de saneamento do estado vai interceptar todo esgoto até um longo caminho para virar água potável novamente.
O governador Geraldo Alckmin explicou que a primeira Epar, Estação de Produção de Água de Reuso, deve ficar pronta em dezembro do ano que vem. “Nós vamos gerar, nessa Epar, dois metros cúbicos por segundo de água de reuso que é uma água que tem um duplo tratamento”, afirma Geraldo Alckmin, governador de São Paulo.
Depois desse tratamento, a água produzida a partir do esgoto será despejada no principal manancial da Zona Sul da capital: a represa Guarapiranga. Isso vai aumentar o volume armazenado em 2 mil litros de água de reuso por segundo, mesmo em tempo de seca.
Esse esgoto, transformado em água de reuso, vai ser destinado ao consumo humano depois de passar pelas estações de tratamento.
Segundo o engenheiro sanitarista José Roberto dos Santos, esse processo já é utilizado em cidades dos Estados Unidos, Bélgica, Israel e África, mas esse modelo exige maior atenção. “Todos os parâmetros químicos, físicos e microbiológicos têm que ter um controle muito rigoroso. Afinal de contas, está se partindo de esgoto”, explica.
Outra medida que pode ajudar o Cantareira foi anunciada nesta quarta-feira (05) na CPI da Câmara Municipal que apura a atuação da Sabesp na crise da água. O presidente da ANA, Vicente Andreu, disse que está terminando os estudos técnicos para autorizar a retirada da água do Rio Paraíba do Sul para abastecer o Sistema Cantareira. Mas destacou que é preciso garantir a segurança hídrica do Rio de Janeiro.
“Nós acreditamos inclusive de que essa solução técnica está em vias de ser concluído com esses dois objetivos. Um: viabilizar a transposição, que é pequena diante do volume do rio Paraíba do Sul, que é de cinco metros cúbicos em média, mas ao mesmo tempo oferecer para o Rio de Janeiro um procedimento nos reservatórios na bacia do Paraíba do Sul de tal maneira a aumentar a segurança hídrica também para aquela região que tem no Paraíba o seu único manancial”, afirma.
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse que aguarda o posicionamento dos técnicos do estado que estão discutindo a transposição do Paraíba do Sul com o Governo Federal e afirmou que vai acatar o que for decidido.
O Ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, também convocou representantes de São Paulo, Rio e Minas, estados cortados pelo Paraíba do Sul, para conversar no próximo dia 20.
Ao todo, 29 caixas da água de aço gigantes devem diminuir o problema do desperdício e da falta de água, principalmente nos bairros mais altos, onde a água chega com dificuldade. Cada reservatório tem capacidade para armazenar 15 milhões de litros, e os primeiros já estão prontos.
Outra solução para a maior crise hídrica do estado de São Paulo vem do Rio Pinheiros. Não do rio em si, que está morto, mas do que tem debaixo das margens dele. O Pinheiros recebe diretamente em suas águas o esgoto doméstico e resíduos industriais de uma população gigantesca. E, na pequena faixa de terra entre o rio e os carros, tem também emissários que coletam o esgoto de prédios, casas, escritórios e shoppings da superpopulosa Zona Sul. A companhia de saneamento do estado vai interceptar todo esgoto até um longo caminho para virar água potável novamente.
O governador Geraldo Alckmin explicou que a primeira Epar, Estação de Produção de Água de Reuso, deve ficar pronta em dezembro do ano que vem. “Nós vamos gerar, nessa Epar, dois metros cúbicos por segundo de água de reuso que é uma água que tem um duplo tratamento”, afirma Geraldo Alckmin, governador de São Paulo.
Depois desse tratamento, a água produzida a partir do esgoto será despejada no principal manancial da Zona Sul da capital: a represa Guarapiranga. Isso vai aumentar o volume armazenado em 2 mil litros de água de reuso por segundo, mesmo em tempo de seca.
Esse esgoto, transformado em água de reuso, vai ser destinado ao consumo humano depois de passar pelas estações de tratamento.
Segundo o engenheiro sanitarista José Roberto dos Santos, esse processo já é utilizado em cidades dos Estados Unidos, Bélgica, Israel e África, mas esse modelo exige maior atenção. “Todos os parâmetros químicos, físicos e microbiológicos têm que ter um controle muito rigoroso. Afinal de contas, está se partindo de esgoto”, explica.
Outra medida que pode ajudar o Cantareira foi anunciada nesta quarta-feira (05) na CPI da Câmara Municipal que apura a atuação da Sabesp na crise da água. O presidente da ANA, Vicente Andreu, disse que está terminando os estudos técnicos para autorizar a retirada da água do Rio Paraíba do Sul para abastecer o Sistema Cantareira. Mas destacou que é preciso garantir a segurança hídrica do Rio de Janeiro.
“Nós acreditamos inclusive de que essa solução técnica está em vias de ser concluído com esses dois objetivos. Um: viabilizar a transposição, que é pequena diante do volume do rio Paraíba do Sul, que é de cinco metros cúbicos em média, mas ao mesmo tempo oferecer para o Rio de Janeiro um procedimento nos reservatórios na bacia do Paraíba do Sul de tal maneira a aumentar a segurança hídrica também para aquela região que tem no Paraíba o seu único manancial”, afirma.
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse que aguarda o posicionamento dos técnicos do estado que estão discutindo a transposição do Paraíba do Sul com o Governo Federal e afirmou que vai acatar o que for decidido.
O Ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, também convocou representantes de São Paulo, Rio e Minas, estados cortados pelo Paraíba do Sul, para conversar no próximo dia 20.